TransBorda

NaBorda transborda.

Na Borda é uma plataforma que reúne um vasto acervo de obras e reflexões críticas produzidas por um grupo específico que atuou nos limites da prática artística entre os anos 2000 e 2023. Este acervo engloba intervenções no espaço público, publicações em revistas, exposições, exibições de filmes, literatura, manifestos e uma coleção de arte preservada no museu MAR no Rio de Janeiro.

Na página inicial, os visitantes podem visualizar as ativações na Borda em ordem cronológica. Além disso, no menu, os interessados têm a oportunidade de explorar o conteúdo organizado por temas de interesse.

Túlio

Arte, Tempo, Espaço, Limite, Vida Contemporânea, História, Política, Cidade, Sociedade, Ações em Rede, Internet, Colaboração, Cooperação, Independência, Conceito, Função, Estética, Território, Fronteira, Performance, Conteúdo, Teoria, Crítica, Coletivos De Arte, Vírus, Pandemia, Solidão, Colapso, Crise, Corpo, Fome, Depressão, Pressão, Incerteza, Euforia, Revolta, Vida, Morte, Natureza, Finito, Infinito, Mundo.


MOSTRA DE FILMES ZONA DE POESIA ÁRIDA

Filmes realizados pelos coletivos de arte BIJARI, CATADORES DE HISTÓRIA, MATILHA, A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA, C.O.B.A.I.A, CONTRA FILÉ, CORINGA, MENOSSÕES, ELEFANTE, ESQUELETO COLETIVO, FRENTE 3 DE FEVEREIRO,NOVA PASTA, EIA, OCUPEACIDADE.

As ações artísticas coletivas são um movimento cultural contemporâneo que amplia as fronteiras da arte/estética/política e potencializa sua função social ao se conectar e dialogar com outras esferas do conhecimento, outros públicos, diferentes espaços de atuação, novas práticas artísticas e novas formas de organização.

O conteúdo reunido para a Mostra é uma oportunidade para conhecer e repensar táticas e questionamentos destes grupos e da sociedade como um todo. A ocupação do prédio Prestes Maia, no centro de São Paulo e a experiência que estes coletivos vivenciaram junto a essa comunidade de 468 famílias é parte da programação.

Mais sobre o processo ZONA DE POESIA ÁRIDA por André Mesquita

organização: Túlio Freitas Tavares


ZONA DE POESIA ÁRIDA, PROGRAMA 1, POLÍTICA DO DISSENSO, 125 min

Política do Dissenso é um retrato histórico e poético do centro da cidade de São Paulo, realizado por artistas, coletivos de arte e movimentos sociais, que criaram juntos um campo de conflito contra um estado de invisibilidade. Um momento em que novas estratégias de ação surgiram para distinguir o que não cabe no que é dado como consenso.  


ZONA DE POESIA ÁRIDA, PROGRAMA 2, 79 min


ZONA DE POESIA ÁRIDA, PROGRAMA 3, 78 min


ZONA DE POESIA ÁRIDA, PROGRAMA 4, 93 min


ZONA DE POESIA ÁRIDA, PROGRAMA 5, 119 min


ZONA DE POESIA ÁRIDA, PROGRAMA 6, 94 min


REVISTA NABORDA INFINITO

Pensar na perenidade da vida, da nossa vida, da espécie e do planeta, das ideias e das artes, da relação que se estabelece com o que nunca acaba. Qual a perspectiva do pensamento frente ao infinito? A abordagem do infinito convidou artistas a refletir sobre o infinito em suas várias direções possíveis, tanto objetivas quanto subjetivas. O trabalho pode ser visto nos links.

  1. ALEA JACTA EST, ALEXANDRE IGNÁCIO ALVES,
  2. VIA LÁCTEA, AUGUSTO CITRANGULO,
  3. THE CURRENT NOW, ALMIR ALMAS,
  4. TALVEZ NO HORIZONTE HAJA UM ESPELHO, CHICO LINARES,
  5. SAIAS DE NEGO FUGIDO – ANCESTRALIDADE, PAULO CESAR LIMA
  6. ETERNO ENQUANTO DURE, COLETIVO BANZO,
  7. FINITO OU INFINITO, TRALHA,
  8. NARRATIVA LÍTEROVISUAL DANIEL SEDA,
  9. O INFINITO DE NARCISO, DAVID SANTOS,
  10. A VIDA É UMA UTOPIA, DUDU TSUDA,
  11. EU, LUTO, SATO DO BRASIL,
  12. EQUAÇÃO INFINITA, EDUARDO VERDERAME,
  13. PROCESSOS IMERSIVOS, FABIANE BORGES,
  14. HOW FAR DOES YOUR SOUL EXTEND? FANNY JEMMELY,
  15. REFLEXA AÇÃO, FERNANDO VIANNA,
  16. NATUREZA DA INFINITUDE, GUSTAVO GODOY,
  17. INFINITO, GUTO LACAZ,
  18. RÉQUIEM PARA O MEU PAÍS, JULIO DOJCSAR,
  19. BAS JAN ADER, LUCAS BAMBOZZIi,
  20. VIGÍLIA INFINITA, LILIAN AMARAL
  21. INFINITOCIFÃO E A GATA, LUCIANA COSTA,
  22. TEMPO INFINITO NAS POÉTICAS NEGRAS, MARIA FERNANDA,
  23. RIVUS FINIS, DANIELLY O.M.M. E MARI MEYER,
  24. EGOÍSMO, MARINA RUIVO,
  25. PARALELO#2, MAURO DE SOUZA,
  26. INFINITO, MILENE FÉO+Agruppaa,
  27. MIGRANTO, PAULO ZEMINIAN
  28. PUXADINHO | QUAL É A SUA CARA NESTE PAÍS? PEDRO GUIMARÃES + FERNADO COSTER + PROJETO MATILHA,
  29. PERGUNTA, REGINA SILVEIRA,
  30. MEMÓRIAS CORROÍDAS PELO SAL, RENATA PADOVAN,
  31. LEITE DE PEDRA, RODRIGO BARBOSA,
  32. ALGUNS SEM-FINS, ROGÉRIO BOROVIK,
  33. INFINITO INSTÁVEL, RUBENS ZACCHARIAS,
  34. INFINITO AZUL, RUI AMARALl,
  35. UMA ESPREITA, SAMIRA e Sóllon Rodrigues,
  36. SITUAÇÃO PRESTES MAIA – SEBASTIÃO OLIVEIRA NETO,
  37. ORIGENS E DESEJOS, STEVEN BUSIGNANI,
  38. SÉRIE ATOPIAS, THEREZA SALAZAR,
  39. INFINITO, TULIO FREITAS TAVARES,
  40. TRAVESSIAS (I) : AMÉRICA DO SOL, YURI MARTINS-FONTES,
  41. FINITO OU INFINITO, TRALHA.

Editores: Yuri Martins Fontes, Tulio Freitas Tavares.


REVISTA NABORDA PANDEMIA

Retomar os esforços para uma nova edição sob o inevitável tema da pandemia, impossível de contornar. Desde então, boa parte das relações humanas foi alterada em todas as esferas. Qual é o papel da arte contemporânea neste momento de profunda crise humana em todo o planeta? Há algo a contribuir? É possível agir coletivamente a partir do isolamento físico no mundo social? Os pensamentos são vírus? É possível fazer arte em clausura e diante de tamanha crise? NA BORDA apresenta a edição PANDEMIA com os trabalhos dos artistas, coletivos e pensadores.

  1. POVOS DA RUA, ANTONIO BRASILIANO,
  2. INFERNUS, REGINA SILVEIRA,
  3. SISTEMA-CINEMA: ÊXTASE & EXERCÍCIO, RICARDO BASBAUM,
  4. O PARANGOMONSTRO NÃO VAI TE SALVAR, TULIO TAVARES,
  5. LARBIRINTO, GUTO LACAZ E FERNANDO VIANNA,
  6. VOCABULÁRIO COMBATIVO, BIJARI,
  7. 01 DE MAIO, GEANDRE TOMAZONI,
  8. UM CARNAVAL PARA O FIM DOS TEMPOS, PAULO ZEMINIAN,
  9. NATUREZA MARGINAL, CASADALAPA,
  10. AUTONOMIA NA PANDEMIA, PEETSSA,
  11. PAI, TIAGO JUDAS,
  12. DECADÊNCIA DA ARTE REALISTA NO SÉCULO XIX, EDUARDO VERDERAME,
  13. PONG (2020), LUCAS BAMBOZZI,
  14. ARQUIVO DE SONHOS DA PANDEMIA, FABIANE BORGES,
  15. O QUE TEM NO SEU OLHAR?, ALMIR ALMAS,
  16. VÍRUS, CONTAMINAÇÕES E CONFINAMENTOS, DANIEL LIMA,
  17. SAÍDA DE EMERGÊNCIA – SAÍDA, MORAL OU PRAZER, JULIO DOJCSARr,
  18. CAIXA PRETA, JULIETA BENOIT,
  19. ODE À UTOPIA EM FLOR, YURI MARTINS-FONTES,
  20. MÉDICO DA PESTE, DANIEL SEDA,
  21. DISPONÍVEL, CHICO LINARES,
  22. CARNAVAL, BRUNO JORGE,
  23. REFLEXÕES DURANTE A QUARENTENA, RENATA PADOVAN,
  24. FILHOS DA NOITE, THEREZA SALAZAR,
  25. SOLITUDE, SAMIRA BRANDÃO SOLON RODRIGUES,
  26. 2 ANOS EM 270 FRAMES/PANDEMIA, RUI AMARAL,
  27. AO FUTURO, OU AO PASSADO, RODRIGO BARBOSA,
  28. FIQUE EM CASA, RAFAEL ADAIME + ROCHELE BEATRIZ,
  29. PSICODRAMA PANDÊMICO, MILENE FÉO,
  30. ESPERO NUNCA MAIS PRECISAR, MILENA DURANTE, FLÁVIA SAMMARONE,
  31. FALHA NO SISTEMA, MAURO DE SOUZA,
  32. EPÍTOME, MARILIA VASCONCELLOS,
  33. PAISAGEM BANZO, Mariana Marcassa,
  34. ARTE NEGRA TECNOVISIONÁRIA, MARIA FERNANDA NOVO,
  35. ENCONTRO, LUCIANA COSTA,
  36. CORAÇAO FARPADO, LUCAS D,
  37. [IN]VISIBILIDADES URBANAS, LILIAN AMARAL,
  38. COLETIVO BANZO : FOTOGRAFIA DE RUA,
  39. PROTESTO EM TEMPO DE PANDEMIA!, RODRIGO ARAÚJO,
  40. THE “ABC OF CORONAVIRUS”, AYỌ̀ AKÍNWÁNDÉ,
  41. TUDO OU NADA, SATO DO BRASIL,
  42. PAISAGENS DO ISOLAMENTO, RUBENS ZACCHARIAS JR,
  43. PESSOAS…, AUGUSTO CITRANGULO,
  44. (R)ESPIRO NATUREZA, GUSTAVO GODOY,
  45. RÁDIO VOLÚSIA – EDIÇÃO QUARENTENA, ROGÉRIO BOROVIK,
  46. CORONA DAYS, ROGÉRIO BOROVIK,
  47. QUARENTRENA, GUTO LACAZ,
  48. JAMAIS ESQUECEREMOS, ANTONIO BRASILIANO,
  49. EU SOZINHO, VALÉRIO VIEIRA.

Pensamos o sentido de VÍRUS da forma mais ampla possível: de “viralizar” a informação, de vírus biológico, de vírus informático, de Cavalo de Troia – uma informação escondida que é introduzida em outro. Vírus da PANDEMIA GLOBAL.

Editores: Eduzal, Yuri Martins Fontes, Eduardo Verderame, Tulio Freitas Tavares.


REVISTA NA BORDA CRISE 2

NaBorda Crise 2 é uma análise artística e sócio-política do Brasil no ano de 2016. O nosso projeto, NaBorda, teve início com o foco na temática da crise, e após vários anos, retomamos esse tema com vigor e perspectiva. Nossa crise pode ser vista nos links.

Editores: Eduardo Fernandes, Eduardo Verderame, Tulio Freitas Tavares.


EXPOSIÇÃO ZONA DE POESIA ÁRIDA NO MUSEU DE ARTE DO RIO (MAR)

Zona de Poesia Árida apresenta o conjunto de mais de 55 trabalhos de coletivos de arte e ativismo de São Paulo que, no MAR, constituem o Fundo Criatividade Coletiva/Doação Funarte, formado por meio da 6a edição do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, iniciativa de grande importância no campo das políticas públicas da cultura deste país.

Curadores: Túlio Freitas Tavares e Daniel Lima


COLEÇÃO DE ARTE NO MUSEU DE ARTE DO RIO (MAR)

Se, como demonstra Zona de Poesia Árida, os anos 2000 instauraram novas práticas, entrecruzando estratégias da arte e do ativismo de modo especialmente intenso, é, enfim, com o desejo de reverberar essa potência de questionamento e invenção que se consolida o Fundo Criatividade Coletiva. Afinal, o Museu de Arte do Rio, como instituição que surge no século XXI –, encarando os desafios colocados pelo atual contexto sociopolítico da cultura, compreende que é parte de suas responsabilidades a contínua ativação desse campo de investigações. Museu de Arte do Rio – MAR

A coleção evidencia o processo de adensamento curatorial que sublinha a condição do MAR de museu de processos: o Fundo Criatividade Coletiva é um fundamental desdobramento da presença de diversos coletivos e grupos de São Paulo na exposição inaugural O Abrigo e o Terreno, que debateu o direito à cidade e à habitação, além das relações entre público e privado. A produção de artistas, ativistas e integrantes de movimentos sociais é inflexão na história da arte brasileira que demanda ser pensada criticamente. Colecionar, exibir e refletir sobre essa produção faz-se necessário para que suas prementes questões – sociais, estéticas, políticas, econômicas – encontrem ressonância, ampliando seu público e o alcance histórico de suas lutas. Museu de Arte do Rio – MAR

Curadores: Tulio Freitas Tavares, Daniel Lima


REVISTA NA BORDA VAZADORES

Arquivamento, institucionalização da arte, remoções e despejos, imponência dos prédios de turismo, Copa do Mundo, tudo isso visto-falado no boteco em frente ao MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro), enquanto um mendigo, desses bem machucados e tristes, dava um discurso de ser uma pessoa honesta e de bem,  que não roubava e nos mostrava um buraco feito de facada que levou no peito enquanto dormia. Pedia dinheiro, remédio, comida e atenção. Você está representado lá dentro do MUSEU, eu dizia a ele, nós traduzimos você para a História da Arte naquele museu branco e gigante, tá vendo? Lá é lugar de gente rica, ele respondeu. FABIANE M. BORGES

Editores: Eduardo Verderame, Milena Durante, Fabiane Borges, Mariana Cavalcante


EXPOSIÇÃO POÉTICA DO DISSENSO MUSEU DE ARTE DO RIO

Os anos 2000 instauraram novas práticas no campo da cultura, entrecruzando estratégias da arte e do ativismo de modo especialmente intenso, contexto do qual surgem diversos coletivos, Brasil afora. Parte significativa desse movimento surge a partir de São Paulo, e tem na Ocupação Prestes Maia, por sua condição urgente durante aquela década, um ponto de convergência. Nesse sentido, a produção de artistas, ativistas, moradores da Ocupação e integrantes dos movimentos sociais, reunidos em torno de coletivos e práticas afins, representa uma inflexão na história da arte brasileira que demanda ser pensada criticamente. Com essa intenção, faz-se necessário colecionar essa produção, possibilitando suas prementes questões (sociais, estéticas, políticas, econômicas) encontrem ressonância: colecionar, exibir e refletir sobre esses trabalhos é ampliar seu público e o alcance histórico de suas lutas.

Clarissa Diniz, Gerente de Conteúdo, Museu de Arte do Rio MAR

curadoria e realização; Túlio Freitas Tavares e Eduardo Verderame


LIVRO NA BORDA

NA BORDA surge em 2011, como uma revista on-line. Neste período, lançou as edições Crise e Corpo, antes de chegar à edição Intervenção, que origina este projeto. De maneira geral, ressoavam nas edições anteriores, como ressoam nestas páginas, questões em torno do fazer coletivo e da ação artística no contexto urbano. O processo poético do NA BORDA Intervenção durou dez meses e envolveu etapas que incluíam agir na cidade, debates, oficinas e uma exposição que ocorreu de julho a agosto de 2012 no SESC Consolação. Participaram deste diagrama os coletivos Bijari, Projeto Matilha, COBAIA, Contrafilé, EIA, Esqueleto Coletivo, Frente 3 de Fevereiro, Nova Pasta e Ocupeacidade. Neste livro, às páginas elaboradas
pelos próprios coletivos, somam-se reflexões de algumas vozes que mediaram debates durante a exposição: Fabiane Borges, Flavia Vivacqua e Suely Rolnik. Este livro encerra um ciclo do NA BORDA e esperamos que, de alguma maneira, intensifique as forças que continuam a nos movimentar. Daniel Lima e Túlio Freitas Tavares


EXPOSIÇÃO NA BORDA NOVE COLETIVOS UMA CIDADE

NO SESC VILA NOVA

O SESC Consolação recebe nove coletivos urbanos da cidade de São Paulo, que trazem para o ambiente expositivo uma síntese de suas intervenções na cidade de São Paulo realizadas entre abril a junho /2012. Intervenções e bate-papos especialmente desenvolvidos para a unidade estarão abertos ao público de 3 de julho a 11 de agosto.

A exposição NA BORDA reúne nove coletivos artísticos de São Paulo em torno da prática e da reflexão sobre a intervenção urbana hoje e que traz para o espaço expositivo intervenções realizadas em espaços públicos da cidade ao longo dos últimos três meses pelos os grupos Bijari, Projeto Matilha, C.O.B.A.I.A., Contrafilé, EIA, Esqueleto Coletivo, Frente 3 de Fevereiro, Nova Pasta e Ocupacidade.

curadoria e realização; Túlio Freitas Tavares e Daniel Lima


REVISTA NA BORDA CORPO

Algo que sempre me intrigou nessa cena nossa de intervenções e arte política, ou arte ativista, é a constante presença dos performers, artistas que usam o corpo como suporte para sua arte. A gente sempre encontra performers em ambientes mais controlados, como galerias, museus ou em happenings de abertura nas bienais da vida, mas nas favelas ou nas ocupações, diante do pelotão de choque ou em outras situações de risco é raro.

Me impressiono como os performers sempre atendem aos chamados para participação nas ocupações e outras manifestações, e eles vem em peso. Não é um ou dois, são vários. E colocam seus corpos a disposição da rua e da expressão. É um risco grande, muito mais do que colar um cartaz ou projetar uma imagem, fora da zona de segurança que a arte apolínea oferece.

Minha pergunta enquanto notório bunda-mole é o que motiva, o que faz uma pessoa sair da sua zona de conforto e colocar seu corpo a prova em condições longe das ideais. Para isso fizemos essa edição sobre o corpo e convidamos os artistas que colocam seus corpos na borda a escrever sobre isso.

Boa leitura

EDUZAL

Editores: Eduardo Fernandes, Eduardo Verderame, Tulio Freitas Tavares.


REVISTA NA BORDA CRISE

Em tempos de crise, é possível realizar tudo aquilo em que se tem interesse, uma vez que não existe um outro momento histórico desprovido de crise. Todos nós já estamos habituados a viver e a produzir arte durante períodos de crise. A crise é constante e perene, representando o estado latente das coisas. Não houve, não há e não haverá tranquilidade no percurso da sociedade global.

Editores: Eduardo Fernandes, Eduardo Verderame, Tulio Freitas Tavares


EXPOSIÇÃO ELEFANTE BRANCO

Um casarão da década de 1930 vazio no nobre bairro paulistano do Jardim Europa é um “elefante branco” para a nossa época, mas, ao mesmo tempo, um espaço prolífico para abrigar uma exposição de arte contemporânea por seus cômodos e lugares (internos e externos) com obras que dialogam com sua arquitetura. Há cerca de um ano um grupo de artistas teve a ideia de ocupar a casa com uma mostra viva, que, a partir de hoje e até dia 26 pode ser vista, apresentando no local criações de Alexandre Fehr, Ana Paula Oliveira, Antônio Brasiliano, Eduardo Verderame, grupo Esquizotrans, Flávia Sammarone, as irmãs Joana Traub Csekö e Júlia Csekö, Marcos Vilas Boas, Mônica Rizzolli, Peetssa, Renato Pera, Rodrigo Araújo, Ricardo Ramalho e Túlio Tavares.

Trabalhos de arte ocuparam uma grande casa no Jardim Europa, onde artistas e pensadores são convidados a estabelecer diálogos entre si, estabelecer redes com corpos vivos e a casa, adensar a experimentação, expor o que está escondido: um movimento cultural como obra de arte. O lugar da arte é uma plataforma de experimentação, de tempo e espaço alterado. A Casa é o refúgio onde protegidos da pressão exterior, é possível arriscar e nos aventurar numa rede de diálogos e apresentá-los ao público. A dúvida e o inesperado são parte enriquecedora desse processo, e com eles uma trama mais complexa é criada. O mais importante é estabelecer essa rede e a partir dela produzir conhecimento artístico dentro desse espaço temporariamente ocupado. Rua França 117, Jardim Europa, SP


INTERVENÇÃO BIENAL DE HAVANA NA OCUPAÇÃO PRESTES MAIA

Convidados para se apresentar em sala especial da IX Bienal de Havana, 13 coletivos de São Paulo criaram o Território São Paulo – um projeto em resposta ao desafio de transpor as ações que normalmente realizam para dentro do espaço expositivo da Bienal. Tentando evitar que a colocação de ações tipicamente de rua dentro do espaço da bienal diminuísse a urgência e especificidade das ações e intervenções, o projeto Território São Paulo quis fixar firmemente a Sala Especial nesta cidade, de modo que ela estivesse plenamente presente em Havana. Assim, o universo de ações desenvolvidas pelos artistas organizados em coletivos – que incluem uma diversidade de intervenções urbanas, ações diretas, manifestações e apropriações poéticas do espaço da rua – poderá florescer em pleno vigor.

A ocupação Prestes Maia – a maior ocupação vertical da América Latina – foi escolhida como espaço expositivo por sua potência política e simbólica. Ocupado pelo Movimento dos Sem- Teto do Centro (MSTC) e na iminência de reintegração de posse, o Prestes Maia tem sido palco de uma importante parceria entre artistas e movimento social nos últimos três anos.


INTEGRAÇÃO SEM POSSE

O Integração surgiu em 2005 com a ação Integração sem Posse X Reintegração de Posse, ação artística coletiva realizada em resposta a notícia de um iminente despejo da ocupação Prestes Maia. Nesta ação iniciou-se o período que durou cerca de dois anos, tempo em que foram realizadas ações e intervenções artísticas, oficinas, projetos de educação e de uma escola popular, ações de mobilização e de comunicação, que pretendiam (entre outras coisas) jogar foco sobre a situação das famílias do Prestes Maia e de outras famílias de movimentos sociais do centro que enfrentavam situações semelhantes, como na ocupação Plínio Ramos, do MMRC, que foi violentamente despejada.


INTERVENÇÃO NA FAVELA DO MOINHO

Acontece que existe uma favela embaixo do viaduto Rio Branco, chamada Favela do Moinho, localizada nos Campos Elíseos, a aproximadamente meia hora de caminhada de Higienópolis, um bairro burguês que fica nos arredores. Aí acontece que um grupo de pessoas estranhas, com roupas e cabelos diferentes – provavelmente artistas – decidiu que, durante alguns fins de semana, aquele lugar poderia ser transformado em algo diferente.


INTERVENÇÃO ACMSTC NA OCUPAÇÃO PRESTES MAIA

Intervenção de 120 artistas transforma em arte viva a vida de 470 famílias de sem-teto na Ocupação Prestes Maia, em São Paulo.

Olhos: 1 “O encontro provocou notórias transformações nos hábitos dos moradores, que começaram a ‘passear’ pelos corredores e escadarias, subir ao terraço do último andar e ver São Paulo de cima – visão incrível sobre a cidade”. 2 “Quatro andares das paredes que abrigavam tantos sem-tetos incendiaram no dia 7 de setembro de 2003, dois meses antes do nosso Encontro”. 3 “Ser uma sem-teto deu sentido para minha vida. O momento de ocupar um prédio é o mais emocionante. Quando a gente entrou aqui tava tudo escuro, cheirando a esgoto, sem luz, sem água, cheio de entulho… aí é que vem mais força, todo mundo se ajudando, fico arrepiada só de lembrar!”. 4 “Temos convites para participar das ocupações que se seguirão – adrenalina! Enfim, em vidência lhes secreto que esses movimentos não se extinguirão!”


I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARRIVISMO.

MANIFESTO ANÁIS

Aconteceu na Casa dos Artistas, terça, dia 15 de abril de 2003, 19:30hs recepção, 21hs iniciou do debate.

Leia o manifesto na integra ou por participações:

“Arrivismo. S. m. Procedimento de arrivista, de quem quer vencer na vida de qualquer modo.”

Traga sua cerveja e seu vício.

Rua Tomas Catunda, 07, Vila Ânglo Brasileira, perto do metrô Vila Madalena, São Paulo – SP, Brasil, São Paulo, 2003 – Organização Túlio Tavares e Daniel Lima

Manifesto “Anais” escrito como conclusão do ” I congresso internacional de ar(r)ivismo ”

Editores: Túlio Tavares e Daniel Lima


HOMEM INVSÍVEL OBJETO INVISÍVEL

Se você passou pelo marco zero de São Paulo, ali na Praça da Sé, em 15 de fevereiro de 2001, pode até ter sido um dos felizardos que não assistiu a uma performance pública de Túlio Freitas Tavares. Sim, não assistiu. E olha que ele esforçou-se para chamar a atenção, munido de um poderoso megafone e de um indiscretíssimo objeto criado pelo artista plástico Ricardo Basbaum. Durante o primeiro dos dois dias que durou o experimento, Túlio discursou praticamente para si mesmo, pois as pessoas que passavam apressadas sequer notavam a sua presença. Fotos e vídeos registraram essa situação. No segundo e último dia, o roteiro da performance foi modificado. Em vez de proferir um discurso hermético, Túlio procurou incentivar a participação dos transeuntes, propondo-lhes as mesmas questões do dia anterior, só que agora num discurso muito mais compatível com o universo do cidadão comum. Aceitaram a provocação aposentados, desempregados, garis, pastores, rapazes.

O homem invisível – Objeto invisível (Performance)

Mozart Mesquita